Vamos pensar sobre algo além do além.
Durante o dia eu olho para o céu e vejo algo incrível. Um mar de sonhos e pensamentos envoltos em nuvens. Algo realmente espetacular. Algo que deixa qualquer sonho solto e passível de grandes aventuras. No céu de claras nuvens vemos o que queremos ver. Podemos ver ursos, coelhos, grandes caravelas, enfim, o que pretendemos ver com nossas audaciosas imaginações.
Por vezes, me pego pensando em Deus, num grande mar de nuvens com castelos alicerçados no que posso chamar de paraíso. No entanto, e de noite que me questiono sobre isso.
Vendo o mesmo céu, não vejo as mesmas nuvens e nem o mesmo céu de anil que me foi ensinado como Deus. Vejo apenas um grande escuro com milhares de pontos cintilantes que mostram outros mundos sem os mesmo ideais ou sonhos. Vejo outros sonhadores. Outros crentes e incrédulos em fábulas não contadas. É nesse céu negro que me deparo com as incertezas em algo que me foi ensinado: um Deus acima de nós.
Talvez seja um devaneio - e muito provável que seja, mas a incerteza de para onde olhar quando procuramos algo maior esteja nos dizendo que o paradeiro dessa entidade esteja mais próxima de nós. Quem sabe esse grande ser, Esse Ser, abrace suas raízes nos mesmo mastros que nos, humanos, agarramos com tanta força para permanecermos vivos e existentes.
Penso que assim como é possível pensarmos em Deus como um ser além de nós, vivendo em um reino perfeito e almejado por todos, podemos vê-lo como parte do magnífico reino que chamamos de vida, e desse ponto penso que:
o reino que almejamos entrar nos primórdios de nossa formação foi formado no exato momento que sorrimos para o mundo.