segunda-feira, maio 31, 2010

João sempre colocava pontos nas discussões. Conheceu Maria, que sempre colocava reticências. Os pontos de João viraram exclamações e as reticências de Maria viraram dois pontos. Tiveram Carlos, que, assim que começou a falar, colocou interrogações, fazendo dos pontos de João, das reticências de Maria, novas vírgulas de uma família.
Diferenças neuropsicológicas de indivíduos da mesma espécie e de sexos diferentes

Hipótese #1

31 de maio de 2010. 11h53am. Uma Segunda-feira de sol.

Algumas diferenças foram levantadas em experimentos anteriores, mas todas foram desqualificadas na prática. Contudo, uma diferença se manteve. Não foi confirmada nem sua possibilidade nem sua impossibilidade. Ficamos num primeiro momento atônitos com os resultados inconsistentes. Pensamos poder ter sido um erro de cálculo, afinal, todos os demais experimentos haviam falhados. Refizemos alguns cálculos e quando tínhamos certeza dos nosso acertos, resolvemos encaminhar para o Instituto Nacional de Experimentação Científica (INEC). Felizmente o retorno foi rápido. Como já imaginávamos, os cálculos estavam certos.
A partir da teoria consagrada do cientista ucraniano Sergei Molokovich sobre a capacidade superior do sexo masculino em operar máquinas pesadas, pensamos em questões de cunho emocional para tal afirmação.
Esse mesmo fator que cria no homem uma maior capacidade para operar veículos automobilísticos provavelmente teria uma outra influência. Após alguns meses de pesquisa testando todos os aspectos referentes à teoria de Molokovich (habilidades motoras, concentração, reflexos, pensamentos automáticos, etc) chegamos a um ponto limítrofe - a noções básicas de quantidade.
Nesse ponto vimos uma discrepância significativa entre o que ambos os sexos entendem semanticamente por "mais, menos, um pouco, muito, de mais, de menos" e outros.
Ainda se configura uma hipótese, mas já temos quase certeza de que uma grande diferença entre os sexos da espécie em questão está no entendimento desequilibrado das quantidades.