segunda-feira, agosto 16, 2010

Não sou de postar notícias aqui, mas essa me pareceu bem interessante pelo que existe por trás dela e principalmente pela opinião que somos influenciados - e quase obrigados - a ter frente a esse fato.

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Talibãs matam casal adúltero à pedrada
Homem era casado e mulher estava noiva
Por: Redacção / CP | 16- 08- 2010 12: 40


Os talibãs mataram à pedrada um casal da província de Kunduz, no Afeganistão, informa a BBC.
Estavam acusados de ter um caso um com o outro, sendo que o homem era casado e a mulher estava noiva.
Testemunhas relataram que o casal foi apedrejado num mercado cheio de gente na pequena vila de Mullah Quli, no domingo.
Os talibãs asseguraram que o casal confessou o adultério.
A lei islâmica, ou Sharia, pune com castigos públicos o sexo entre pessoas não casadas e o apedrejamento até à morte é a pena mais comum.

(Fonte: site TVI24)
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Punir pessoas com morte por apedrejamento é uma barbárie! É, sim. No entanto, é na nossa cultura. Quando tentamos julgar outra cultura a partir dos nossos princípios estamos fazendo a mesma barbárie. Não concordo com tal punição, mas a minha cultura - e a de todos que estão lendo - me permite apenas julgar ela mesma, uma vez que não entendo outros princípios que não os meus.

quinta-feira, agosto 12, 2010

Que sentimento estranho, né? Ele é grande, sério e confiante. Veste uma roupa neutra, como se o ato de vestir fosse irrelevante. Toma acento onde bem entende e vira senhor de tudo! Não sorri nem fica sisudo. Apenas olha fundo para a gente quando encaramos ele. No resto do tempo, quando esquecemos da sua presença, olha atento ao seu redor, esperando o momento certo de sussurrar baixinho "ei... E agora?"

quarta-feira, agosto 11, 2010

Eu andei por uma estrada certa até hoje. Agora tem um cidadão aqui me dizendo que não existe estrada! Vê se pode! Claro que existe! Eu ando nela. Tá ali o caminho. Em cada lado do caminho eu vejo todos os olhares de reprovação que me colocam e sempre colocou no mesmo rumo. Agora vem esse cidadão ai me dizendo que só são olhares, e que o caminho em si não existe. Veio comparando tudo isso com pólos positivos de um imã. Disse que não existe nada além força de repulsão que nos impede de encostar um no outro, mas se fizermos um esforço tem como. Olha a idéia do cidadão! Olha que absurdo! Não existe caminho? Que injúria! Que... Ultraje! E eu disse isso a ele. Sabe o que ele respondeu? Pior ainda! Respondeu que o único caminho que realmente existe é aquele que já foi percorrido. Para frente é campo aberto! Que se conseguirmos esquecer um pouco os imãs podemos seguir um caminho só nosso. Que absurdo sem tamanho! Os olhares de reprovação dos outros são como pólos iguais de um imã que criam um caminho indiferente às minhas vontades? Que o preço da autonomia é pago no medo de errar fatalmente? Um ultraje descabido! Eu escolho o que quero! Eu faço o que escolho! Eu quero o que escolho! Daí ele sorri e me pergunta: será?