quarta-feira, agosto 11, 2010
Eu andei por uma estrada certa até hoje. Agora tem um cidadão aqui me dizendo que não existe estrada! Vê se pode! Claro que existe! Eu ando nela. Tá ali o caminho. Em cada lado do caminho eu vejo todos os olhares de reprovação que me colocam e sempre colocou no mesmo rumo. Agora vem esse cidadão ai me dizendo que só são olhares, e que o caminho em si não existe. Veio comparando tudo isso com pólos positivos de um imã. Disse que não existe nada além força de repulsão que nos impede de encostar um no outro, mas se fizermos um esforço tem como. Olha a idéia do cidadão! Olha que absurdo! Não existe caminho? Que injúria! Que... Ultraje! E eu disse isso a ele. Sabe o que ele respondeu? Pior ainda! Respondeu que o único caminho que realmente existe é aquele que já foi percorrido. Para frente é campo aberto! Que se conseguirmos esquecer um pouco os imãs podemos seguir um caminho só nosso. Que absurdo sem tamanho! Os olhares de reprovação dos outros são como pólos iguais de um imã que criam um caminho indiferente às minhas vontades? Que o preço da autonomia é pago no medo de errar fatalmente? Um ultraje descabido! Eu escolho o que quero! Eu faço o que escolho! Eu quero o que escolho! Daí ele sorri e me pergunta: será?
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