Foi um verão como nenhum outro.
Apesar das mesmas casas, mesmo mar, mesma praia, mesma brisa leste, mesmos chinelos e mesmas bolas de futebol, foi um verão como nenhum outro.
Lembro dos sons, lembro dos cheiros, mas acima de tudo, lembro das expectativas. De olhar da varanda para o mar e pensar só no agora, no hoje. O que fazer agora? Nada de mais. Apenas um garoto pensando que suas pequenas coisas eram as mais importantes do mundo. Mas hoje vejo que eram sim. As mais importantes. Aquela festa. Aqueles amigos. Aquela vida. Aquela importância. Aquela infância.
Foi um verão igual, mas como nenhum outro. Foi o verão das realizações e das despedidas. Foi o verão de 1998. Do Sol irradiante. Das superstições. Das rápidas conversas que mudam a nossa vida. Foi um verão para se lembrar. Para se guardar com carinho. Nos tempos em que tudo era feito a pé. Onde tudo era na rua. Onde tudo era cara-a-cara. Foi o último verão da minha infância. Foi oi melhor verão da minha infância.
Foi um verão como nenhum outro. Foi o meu verão.
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