Corre e corre, João. Não vá perder o trem. Teu patrão, João, não perdoa, não. Corre, corre, João. Vá deixar de flertar com o céu, pega tua estrela cadente e cai no chão, João. Vai correr, vai pro batente, João. Tua pouca vida não te permite sonhar, não, João. Vai que teu ganha pão não espera, não. Teu pedaço de mundo é pequeno, então, corre, corre, João! Corre que esse é teu quinhão. E no final do dia, não descansa, não te engana, não. Nesse chão, João, tu és só mais um na multidão.
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