terça-feira, dezembro 02, 2008

Foi...

Logo...

Depois...

Da...

Chuva.


O tempo parou. Aquilo que era caos virou sereno. Aquilo que invadia pela janela, decolava folhas, tilintava nas esquadrias de alumínio e decorava o vidro virou vazio. Fizeram-se dos poucos movimentos apenas gotas escorregando pelas rachaduras da cidade e molhando o chão. Os pedestres timidamente repovoavam as ruas desfilando com suas roupas marcadas de vento e água.

Daqui dessa sala, protegido do mundo, vimos o mundo do caos ser afogado, e escutamos somente a chuva. Foi logo depois da chuva que eu soube que o caos está no mundo que gira, chacoalha, treme, fere e maltrata sem que saibamos. Foi depois da chuva que eu vi que o caos das motos, buzinas, construções e gritos não é mais bonito que o plácido caos da chuva.

E foi logo depois da chuva que eu desejei seu caos.

Nenhum comentário: