Foi...
Logo...
Depois...
Da...
Chuva.
O tempo parou. Aquilo que era caos virou sereno. Aquilo que invadia pela janela, decolava folhas, tilintava nas esquadrias de alumínio e decorava o vidro virou vazio. Fizeram-se dos poucos movimentos apenas gotas escorregando pelas rachaduras da cidade e molhando o chão. Os pedestres timidamente repovoavam as ruas desfilando com suas roupas marcadas de vento e água.
Daqui dessa sala, protegido do mundo, vimos o mundo do caos ser afogado, e escutamos somente a chuva. Foi logo depois da chuva que eu soube que o caos está no mundo que gira, chacoalha, treme, fere e maltrata sem que saibamos. Foi depois da chuva que eu vi que o caos das motos, buzinas, construções e gritos não é mais bonito que o plácido caos da chuva.
E foi logo depois da chuva que eu desejei seu caos.
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